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Sarna em Gatos: Tipos e tratamentos eficazes

Sarna em Gatos: Tipos e tratamentos eficazes

Sarna em Gatos: Tipos e tratamentos eficazes

A Dermatopatia Parasitária: Sarna em Gatos, Um Guia Clínico e Prático

E aí, turma! Sentem-se, peguem o caderno e preparem-se para mergulhar em um tema que, de tão comum, às vezes é subestimado: a sarna em gatos. Quando você sair daqui e montar o seu consultório, vai ver que a sarna felina, ou escabiose felina, não é só uma coceirinha qualquer. É um problema sério de pele, causado por minúsculos parasitas, os ácaros, que podem levar o seu paciente a um sofrimento considerável, além de desafiar as suas habilidades diagnósticas.

Eu sei que a palavra “sarna” já causa arrepios, mas como bons veterinários, nós encaramos o problema de frente. O que faz a diferença entre um tratamento que funciona e outro que falha miseravelmente é o seu raciocínio clínico. Não basta chutar um sarnicida; você precisa saber qual ácaro está causando o problema e por que ele está lá.

I. A Etiologia e a Importância do Diagnóstico na Sarna Felina

A sarna é uma doença parasitária da pele, a dermatopatia, que tem etiologia bem clara: a infestação por ácaros. O gato é um hospedeiro, e o ácaro é o invasor. Mas a manifestação clínica dessa invasão muda drasticamente dependendo do parasita e, crucialmente, da resposta imunológica do seu paciente. É por isso que o diagnóstico é o seu superpoder. Nunca subestime um bom diagnóstico.

1. O Exame Clínico: Indo Além da Coceira

O primeiro passo, e o mais negligenciado pelos leigos (e, infelizmente, por alguns colegas), é o exame clínico minucioso. Você não está apenas vendo um gato se coçando; você está avaliando o padrão de lesão, a distribuição, e a resposta inflamatória do animal.

Observe a distribuição do prurido, ou seja, onde o gato se coça. A Sarna Notoédrica, por exemplo, a mais temida e contagiosa entre os felinos, costuma começar na cabeça, nas orelhas e na face, e evolui rapidamente para o pescoço e corpo, formando crostas e alopecia simétricas. Se você vê um gato com essas lesões crostosas e espessadas, o seu faro clínico já deve soar o alarme para o ácaro Notoedres cati. Já na Sarna Otodécica, o ácaro Otodectes cynotis se concentra no pavilhão e conduto auditivo. Você vai encontrar aquele cerúmen escuro, com aspecto de “borra de café” ou “farinha de café”, e o gato vai demonstrar um tremor de cabeça e muito desconforto ao manipular a orelha. A localização da lesão te conta metade da história.

Você precisa entender o que está acontecendo com a pele do paciente. A coceira incessante leva à autolesão, e isso abre a porta para infecções secundárias, bacterianas ou fúngicas. Lembre-se, o gato se coça para se livrar do parasita e da inflamação que ele causa, mas ele acaba se machucando. É o seu trabalho interromper esse ciclo vicioso de coceira-ferida-infecção. Avaliar a integridade da barreira cutânea e a presença de piodermite ou Malassezia secundária é fundamental para desenhar um tratamento completo.

2. A Magia do Raspado de Pele e Outros Exames Complementares

Nós somos cientistas, e na veterinária, a confirmação diagnóstica é a nossa prova. O raspado de pele é a ferramenta mais rápida, barata e eficaz para a maioria dos casos de sarna. Não tenha medo da lâmina, mas use-a com técnica: raspe a borda das lesões, em ângulo de 45 graus, com óleo mineral, até o ponto de sangramento capilar (para ácaros que vivem em camadas mais profundas, como o Sarcoptes e o Demodex).

Na sarna otodécica, a famosa “sarna de ouvido”, o diagnóstico é ainda mais simples: o exame do cerúmen com otoscopia e posterior visualização em lâmina, com pouco aumento, revela o ácaro Otodectes cynotis se movendo. Na demodicose, causada pelo Demodex cati ou Demodex gatoi, a raspagem profunda é imperativa. Encontrar o ácaro ao microscópio zera a sua dúvida diagnóstica. Lembre-se: “Quem não vê o ácaro, trata, mas quem vê, cura.”

Outros exames complementares, como o tricograma (análise dos pelos) ou a biópsia de pele, são reservados para casos mais atípicos, onde a raspagem é negativa, mas a suspeita clínica é alta, ou em casos de sarna demodécica atípica (Demodex gatoi), que vivem mais superficialmente. Não se esqueça que, em gatos, especialmente na Demodicose, é obrigatório investigar a causa de base da imunossupressão. Gatos com Demodex geralmente têm alguma doença subjacente grave, como FIV ou FeLV. A sarna, nesse caso, é o sintoma de um problema maior.

3. Diagnósticos Diferenciais: O Que Mais Pode Ser?

Você está no consultório, o gato está se coçando e cheio de crostas. O tutor jura que é sarna. Mas e se não for? É aqui que você se separa do leigo. O prurido em gatos tem uma lista de diagnósticos diferenciais que precisamos considerar antes de bater o martelo.

O maior mestre do disfarce é a Dermatite Alérgica a Picada de Ectoparasitas (DAPE), a velha alergia à pulga. Em muitos casos, a coceira, as crostas e a alopecia são indistinguíveis da sarna, principalmente se o tutor não vê a pulga. Se o seu raspado é negativo, o seu próximo passo é tratar a DAPE e observar a resposta. Outros diagnósticos incluem a alergia alimentar, a dermatite atópica felina (menos comum que em cães, mas existe) e até mesmo infecções fúngicas (como a dermatofitose). Nunca prescreva um tratamento sem ter 90% de certeza do que está tratando. Um erro de diagnóstico leva a meses de tratamento ineficaz, estresse para o gato e perda de confiança do tutor.

II. Os Quatro Cavaleiros do Prurido Felino: Tipos de Sarna

Conhecer o inimigo é essencial para traçar a estratégia. Embora existam mais ácaros, vamos focar nos três principais que causam a dermatite pruriginosa felina. Cada um tem sua personalidade, seu local de ataque preferido e sua via de transmissão.

1. Sarna Notoédrica (Notoedres cati): A Escabiose Felina

Se eu pudesse te dar um alerta, seria sobre a sarna notoédrica. Ela é a escabiose dos felinos, causada pelo ácaro Notoedres cati. O que a torna tão perigosa, além do intenso prurido, é a sua altíssima contagiosidade. Transmite-se por contato direto ou fômites (objetos contaminados).

Clinicamente, ela é dramática. O quadro começa com lesões pequenas e avermelhadas na cabeça, orelhas (bordas), e face, progredindo rapidamente para o pescoço e corpo. Com a evolução, você verá aquelas crostas amareladas, espessas, e a pele tende a ficar enrugada e hiperpigmentada. O gato sofre, se automutila, e a perda de peso é comum devido ao estresse e à dificuldade de se alimentar. Não hesite: ao diagnosticar Notoedres cati, isole o paciente imediatamente e trate todos os contactantes, mesmo aqueles assintomáticos. É a única forma de quebrar o ciclo.

2. Sarna Otodécica (Otodectes cynotis): O Terror dos Canais Auditivos

A sarna otodécica, ou sarna de ouvido, é a mais frequente, especialmente em filhotes. O ácaro Otodectes cynotis vive na superfície do conduto auditivo. Você já deve ter visto aqueles gatos sacudindo a cabeça ou coçando desesperadamente as orelhas, causando escoriações severas no pavilhão auricular.

O principal achado é aquele exsudato ceruminoso escuro e seco, com cheiro forte em casos de infecção bacteriana secundária. O ácaro causa irritação mecânica e inflamação, resultando em otite externa intensa. Lembre-se que, apesar de ser primariamente uma otite parasitária, a inflamação abre as portas para bactérias e leveduras (Malassezia). Por isso, o tratamento não é só matar o ácaro, mas também limpar o conduto e combater a infecção secundária.

3. Sarna Demodécica (Demodex spp.): A Sarna da Imunossupressão

A demodicose felina é menos comum que a canina, mas é uma luz de alerta para o seu raciocínio. Ela é causada por duas espécies principais: Demodex cati (que vive nos folículos pilosos e glândulas sebáceas) e Demodex gatoi (que vive na camada superficial da pele, e é considerada contagiosa).

A sarna demodécica em gatos geralmente não coça tanto quanto a notoédrica, exceto pela forma causada pelo D. gatoi. A forma causada pelo D. cati muitas vezes se manifesta como alopecia discreta e descamação, sem muito prurido. O grande ponto de atenção é que, se você diagnosticar Demodex cati, você está, na maioria das vezes, diagnosticando um gato imunossuprimido. É um sinal de que algo mais grave está acontecendo – diabetes, hiperadrenocorticismo, neoplasias, ou as temidas viroses (FIV/FeLV). Seu trabalho, nesse caso, é duplo: tratar a sarna e investigar a causa de base.

III. Protocolos Terapêuticos Otimizados: O Ataque Multimodal

O tratamento da sarna não é uma bala mágica; é um protocolo. E um bom protocolo é sempre multimodal, atacando o parasita, tratando as lesões do paciente e controlando o ambiente.

1. O Arsenal Farmacológico: Dos Tópicos aos Sistêmicos

Nos últimos anos, o tratamento da sarna felina foi revolucionado pela chegada das isoxazolinas (como a fluralaner, sarolaner e lotilaner), que, embora menos estudadas em felinos especificamente para sarna do que em cães, mostram grande eficácia em doses adequadas e off-label para ácaros como Notoedres e Otodectes. No entanto, a linha de frente ainda é dominada pelas lactonas macrocíclicas.

A selamectina é o meu carro-chefe. É um produto tópico, seguro, e altamente eficaz contra Notoedres cati e Otodectes cynotis. A aplicação mensal, por um período de, no mínimo, 6 a 8 semanas, é a regra de ouro para garantir que você pegue todos os estágios do ciclo de vida do ácaro. A moxidectina e a imidacloprida em combinação (em formulações específicas para gatos) também são excelentes opções. Em casos refratários, especialmente na notoédrica em abrigos, a ivermectina injetável (em doses baixas e sob estrito controle veterinário, pois os gatos são mais sensíveis) pode ser uma opção de custo-benefício. O importante é o ciclo: trate por tempo suficiente para eliminar a infestação, e não apenas os sintomas.

2. Manejo do Paciente e das Lesões Secundárias

O gato com sarna chega ao consultório em sofrimento. O tratamento precisa ser mais do que antiparasitário; ele precisa ser de suporte. O prurido intenso precisa ser quebrado para evitar mais autolesão.

Em casos de sarna intensa, onde o gato está se esfolando e há infecção bacteriana (piodermite) ou fúngica (Malassezia) secundária, a medicação de suporte é vital. Podemos usar anti-inflamatórios (como glicocorticoides) em doses baixas e por tempo curto para controlar a inflamação e o prurido, mas somente após o diagnóstico confirmado e nunca isoladamente. Antibióticos ou antifúngicos sistêmicos ou tópicos são essenciais para curar a pele danificada. Banhos terapêuticos com xampus de clorexidina ou peróxido de benzoíla (com cautela, pois gatos detestam banho e têm pele sensível) ajudam a remover crostas e limpar a pele. A limpeza do conduto auditivo, no caso da sarna otodécica, é a parte mais importante: sem limpar a “borra de café” você não permite que o medicamento tópica aja.

3. O Fator Ambiental e Zoonótico: Fechando o Cerco no Ácaro

Você pode matar todos os ácaros no gato, mas se o ambiente estiver infestado, o tratamento falhará. A higienização é um passo não negociável, especialmente na sarna notoédrica.

Você precisa orientar o tutor a ser rigoroso. Lave todas as caminhas, cobertores, e brinquedos com água quente e sabão. O ácaro Notoedres pode sobreviver por um período fora do hospedeiro, o que o torna um problema ambiental. O isolamento do gato doente de outros pets na casa também é mandatório até que os raspados de pele deem negativo. Por fim, lembre-se do aspecto zoonótico. A sarna notoédrica é transmissível a humanos. Você precisa alertar o tutor para usar luvas ao manipular o gato e para procurar um médico se desenvolver lesões na pele.

IV. Novos Desafios na Terapêutica da Sarna Felina

O campo da veterinária está sempre evoluindo, e a sarna felina não é exceção. Novos medicamentos e a crescente preocupação com a resistência parasítica trazem desafios constantes que exigem de você uma mentalidade de aprendizado contínuo.

1. A Resistência Parasitária e o Uso Racional de Acaricidas

O uso indiscriminado de antiparasitários, ou a interrupção precoce do tratamento pelo tutor (quando os sintomas desaparecem, mas o ácaro ainda está no ciclo), é a principal causa da resistência. Isso é um problema global e já vemos evidências de ácaros menos sensíveis às lactonas macrocíclicas.

Como veterinário, sua responsabilidade é educar o tutor sobre a importância de completar o protocolo, mesmo que o gato pareça curado. E mais: você deve usar a medicação correta para o diagnóstico. Não use um sarnicida de forma preventiva, ou de forma errada, para não selecionar populações de ácaros resistentes. A introdução das isoxazolinas trouxe uma nova esperança, mas elas devem ser reservadas para casos refratários ou como primeira escolha em regiões onde a resistência a outros princípios ativos é alta. O uso racional de medicamentos é a sua ética em ação.

2. O Impacto da Coinfecção (FIV/FeLV) na Demodicose Felina

Voltando à sarna demodécica, é vital que você se lembre: essa sarna é um sinal, não a doença. A coinfecção com o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) ou o Vírus da Leucemia Felina (FeLV) é um fator complicador brutal.

O gato com FIV ou FeLV tem um sistema imunológico comprometido (imunossupressão), o que permite que o ácaro Demodex cati, que vive em harmonia com gatos saudáveis, se multiplique de forma descontrolada. Você pode tratar a sarna, mas enquanto a imunidade de base estiver baixa, a recidiva é quase certa. Portanto, ao diagnosticar a demodicose, você deve iniciar o tratamento antiparasitário, mas simultaneamente, fazer a testagem para FIV/FeLV e começar o tratamento de suporte para a virose. O prognóstico para a demodicose é sempre mais reservado em pacientes com coinfecções, e você precisa ser transparente e prático com o tutor.

3. A Importância da Adesão do Tutor e o Tratamento Prolongado

Sinceramente, a sarna é mais fácil de curar em teoria do que na prática. Por quê? Por causa do fator humano: o tutor.

Muitos tratamentos de sarna requerem aplicações semanais ou mensais por 6 a 8 semanas, e a limpeza ambiental é contínua. É um fardo logístico e financeiro para o tutor. Se o tutor não consegue cumprir o protocolo (a adesão), o tratamento falha. Para garantir o sucesso, você deve escolher o protocolo mais prático para a realidade do tutor. Uma pipeta de aplicação mensal é muito mais fácil de administrar do que banhos sarnicidas semanais, que causam estresse no gato e no dono. Fale a verdade: pergunte ao tutor o que ele consegue fazer. Se você humanizar a sua abordagem e for prático, o gato terá mais chances de cura.

V. A Arte da Prevenção e o Acompanhamento a Longo Prazo

Como dizemos, é sempre mais fácil prevenir do que remediar. E mesmo após a cura, o monitoramento é o que garante que o gato nunca mais passe por esse sofrimento.

1. Estratégias de Controle de Ectoparasitas em Gatis e Multicasas

Em ambientes com vários gatos (gatis, abrigos, ou residências multicat), a sarna (principalmente a notoédrica e a otodécica) se espalha como um incêndio. A prevenção exige uma estratégia de quarentena e profilaxia constante.

Qualquer gato novo que entra em um ambiente com outros felinos deve passar por um período de quarentena (mínimo de 10 a 14 dias) e receber um tratamento antiparasitário de amplo espectro antes de ser introduzido no grupo. Em gatis, o uso contínuo de antiparasitários com ação acaricida é fundamental. Você deve tratar os contactantes assintomáticos. Se um gato tem sarna notoédrica, o ácaro já está nos outros, apenas aguardando para se manifestar. Não espere os sintomas; trate o ambiente e os contactantes de forma profilática para evitar surtos.

2. Nutrição e Imunomodulação como Apoio à Barreira Cutânea

A pele é a primeira linha de defesa, a nossa barreira cutânea. Gatos com má nutrição ou doenças crônicas têm essa barreira comprometida, o que os torna mais suscetíveis a infestações parasitárias e infecções secundárias.

Uma dieta balanceada e de alta qualidade é o alicerce da saúde dermatológica. Suplementos com ácidos graxos essenciais, como ômega-3 (EPA e DHA), podem ser incluídos no protocolo para ajudar a reduzir a inflamação da pele e melhorar a integridade da barreira. Lembre-se, na demodicose, a nutrição e o manejo de doenças de base são a chave para evitar a recidiva. Seu tratamento vai além da pipeta; ele engloba a saúde integral do paciente.

3. Monitoramento Pós-Tratamento: Quando o Gato Está Realmente Curado

O grande erro é parar de tratar quando o gato para de coçar. A coceira é o sintoma, não a doença. O tratamento só é considerado finalizado quando você tem um raspado de pele negativo e a remissão clínica completa.

Após o término do protocolo antiparasitário (geralmente 6 a 8 semanas), agende o exame de reavaliação. Faça um novo raspado de pele. Se você não encontrar ácaros, e as lesões estiverem curadas, você pode dar alta. Mas oriente o tutor a manter a vigilância e a continuar com o controle parasitário preventivo regular. É a única forma de evitar recaídas. Lembre-se de que a sarna é curável, mas exige a sua dedicação e a cooperação plena do tutor.


Comparativo de Produtos para Controle de Ectoparasitas

CaracterísticaSelamectina (Ex: Revolution)Fluralaner (Ex: Bravecto)Ivermectina (Injetável ou Oral)
Via de AdministraçãoTópica (Pipeta)Tópica (Pipeta) ou Oral (Chewable)Injetável ou Oral (Comprimido)
Ação PrincipalPulgas, Sarna Otodécica/Notoédrica, Vermes Intestinais (alguns)Pulgas, Carrapatos, Sarna Otodécica/Notoédrica/Demodécica*Sarnas em geral, alguns Vermes
Frequência de UsoMensalA cada 12 Semanas (Tópico ou Oral)Semanal ou a cada 15 dias (na sarna), sob prescrição
VantagensAmplo espectro (inclui Dirofilaria), boa segurança e fácil aplicação.Longa duração (3 meses), alta eficácia contra ácaros e pulgas.Baixo custo (em casos de gatis/abrigos), eficácia comprovada.
DesvantagensEfeito residual menor (mensal), pode ser lambido se mal aplicado.*Uso off-label para sarna felina (embora eficaz), custo mais elevado.Risco de toxicidade em felinos (principalmente na via oral/injetável), não é recomendado para uso de rotina.
Indicação Principal na SarnaNotoédrica e OtodécicaNotoédrica, Otodécica e Demodécica (Casos refratários)Notoédrica em abrigos (sob supervisão estrita)

Nota do Professor: O uso de Ivermectina em gatos exige extremo cuidado devido à sensibilidade da espécie, especialmente em filhotes. As pipetas de uso tópico (Selamectina e Fluralaner) são a escolha mais segura e prática para a rotina clínica.


Conclusão

A sarna em gatos é um desafio que testa a sua acuidade diagnóstica e a sua capacidade de gerenciar não apenas a doença, mas também o tutor. Lembre-se: o seu paciente felino merece uma pele saudável e uma vida sem coceira. Use a ciência a seu favor, adote um protocolo multimodal, e seja o mentor do seu cliente. A chave é a persistência e a precisão. Agora, peguem esse conhecimento e apliquem-no na prática. O mundo precisa de veterinários que tratam a sarna com o rigor que ela exige.


E aí, gostou da nossa aula aprofundada? Espero que o conteúdo prático e o tom direto te ajudem a internalizar esses conceitos cruciais.

Quer que eu faça uma simulação de caso clínico de um gato com sarna notoédrica para praticar o seu raciocínio diagnóstico e terapêutico?

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