Insuficiência Renal em Cães: É possível prevenir?
💧 Insuficiência Renal em Cães: O Mestre de Obras da Prevenção e Qualidade de Vida
Meus caros alunos, se há uma área na veterinária que exige de nós — e de vocês, tutores — a máxima atenção e disciplina, é a nefrologia. O tema Insuficiência Renal em Cães é um dos mais cruéis que enfrentamos. Por quê? Porque o rim é um órgão com uma capacidade de compensação tão absurda que, quando ele começa a “gritar” e mostrar sintomas, o estrago já está feito. A verdade é que a Doença Renal Crônica (DRC) é implacável: ela não tem cura. Mas, calma, não se desespere! O nosso papel hoje é provar que a prevenção e a intervenção precoce são as chaves para mudar o jogo, transformando uma sentença em um tratamento de longo prazo com qualidade de vida.
O seu cão, especialmente aquele que já passou dos sete anos, está vivendo mais e melhor do que nunca, e essa longevidade é um mérito seu. No entanto, o tempo traz o desgaste celular, e o rim é uma das estruturas mais afetadas. Vamos juntos entender como funciona essa máquina filtradora e, principalmente, como podemos protegê-la.
I. Introdução: O Guardião Silencioso e a Síndrome do “Tarde Demais”
Imagine o rim como a estação de tratamento de esgoto da cidade do seu cão. Ele tem que filtrar o sangue, remover toxinas (como ureia e creatinina), equilibrar minerais (sódio, potássio, fósforo) e controlar a pressão arterial. É um trabalho multitarefa essencial. A unidade funcional que faz todo esse serviço é o néfron.
O poder filtrante: A função vital dos néfrons e o ponto de não retorno (75% de perda).
O cão nasce com uma reserva gigantesca de néfrons, muito maior do que ele realmente precisa para viver. Essa é a razão pela qual a DRC é tão silenciosa. Quando uma parte dos néfrons é danificada (seja por idade, toxinas ou infecção), os néfrons saudáveis restantes assumem o trabalho, compensando o dano. Eles se hipertrofiam e trabalham dobrado, mantendo a filtração do sangue (a Taxa de Filtração Glomerular – TFG) normal.
O problema é que essa compensação tem um limite. A medicina veterinária estabeleceu que os sintomas de azotemia (acúmulo de toxinas no sangue) e as manifestações clínicas da doença renal crônica só se tornam visíveis quando o cão perdeu aproximadamente 75% de seus néfrons funcionais. Esse é o ponto de não retorno. Nosso trabalho preventivo é encontrar o problema muito antes, quando a perda é de 25% a 40%, antes que o quadro clínico se instale.
Insuficiência Renal Aguda vs. Crônica: Diferença de urgência e prognóstico.
É fundamental que você saiba diferenciar os dois tipos de falência renal, pois o prognóstico é totalmente diferente. A Insuficiência Renal Aguda (IRA) acontece de forma súbita, em horas ou dias, geralmente causada por um evento tóxico (como o envenenamento por etilenoglicol, ou a automedicação com AINEs) ou uma infecção grave (Leptospirose).
A IRA é uma emergência absoluta, mas, se tratada agressivamente e a tempo, os néfrons danificados podem se regenerar, e o quadro tem potencial de cura. Já a Insuficiência Renal Crônica (DRC) é lenta, progressiva e silenciosa, causada por anos de desgaste. Os néfrons perdidos não se regeneram, e por isso, a DRC não tem cura. O tratamento, nesses casos, é de suporte e tem como único objetivo retardar a progressão da doença e garantir a máxima qualidade de vida possível.
Você é o primeiro nefrologista do seu cão.
Ninguém conhece a rotina do seu cão melhor do que você. Por isso, a prevenção começa com a sua observação atenta. O cão, ao contrário do gato, geralmente demonstra sede e urina aumentadas (os famosos PU/PD) logo nos estágios iniciais da DRC.
Você é o responsável por registrar essas mudanças sutis e acionar o veterinário. Se o pote de água está esvaziando mais rápido, se o cão precisa sair para fazer xixi mais vezes à noite, ou se a urina no passeio parece quase incolor (muito diluída), isso não é um sinal de que ele está “muito saudável”. É um sinal de que o rim está falhando na sua principal função de concentração. Sua vigilância é a primeira linha de defesa contra o avanço irreversível da doença.
II. O Inimigo Silencioso: Reconhecendo os Primeiros Sinais Clínicos
Como a DRC é sorrateira, os sinais clínicos que você percebe são, na maioria das vezes, o resultado da uremia (o acúmulo de ureia e outras toxinas). Vamos focar nos sinais que você pode e deve monitorar.
A Regra de Ouro da Água: Poliúria e Polidipsia (PU/PD) como sinais de perda de concentração urinária.
O rim doente perde a capacidade de responder ao hormônio antidiurético (ADH), que normalmente manda o rim reter água. Na DRC, os néfrons danificados não conseguem concentrar a urina. Eles eliminam água demais. O cão fica desidratado e, para compensar, bebe desesperadamente. Isso é o PU/PD.
A poliúria (urinar muito) é o primeiro sintoma que aparece na DRC. É o rim tentando compensar a perda de néfrons, e você o vê na cor da urina, que se torna muito clara, quase água. É comum o tutor relatar: “Doutor, o xixi dele está muito aguado”. Se você notar que o volume de urina aumentou drasticamente e a cor está pálida, e se o seu cão está bebendo mais de $100 \text{ ml}$ de água por quilo de peso corporal por dia, você tem um paciente renal sob suspeita. Não ignore esse sinal sob o pretexto de “ele está com sede”.
O Hálito da Doença: Mau hálito (urêmico), úlceras na boca e gastrite: Efeitos do acúmulo de toxinas.
Quando as toxinas, como a ureia, não são devidamente eliminadas, elas se acumulam na corrente sanguínea. A ureia se difunde para a saliva, onde é decomposta por bactérias em amônia. Essa amônia é que causa o hálito característico da uremia, um cheiro forte e desagradável, que lembra vagamente urina ou amônia.
Essa toxidade atinge o trato gastrointestinal, causando gastrite urêmica, o que leva a náuseas, vômitos e perda de apetite (anorexia). Além disso, a uremia pode causar úlceras e feridas na mucosa oral (gengivas e língua), o que torna o ato de comer doloroso. Se seu cão tem um mau hálito persistente, vomita de vez em quando e está com a boca sensível, isso é um sinal de que as toxinas estão saturando o sistema dele.
O Diagnóstico Laboratorial Precoce: Ureia, Creatinina e o novo game changer SDMA (Dimetilarginina Simétrica).
Antigamente, dependíamos quase que totalmente dos níveis de Ureia e Creatinina no sangue. O problema é que, como dissemos, esses marcadores só aumentam significativamente quando há $75\%$ de perda funcional.
Hoje, a nefrologia veterinária usa o SDMA (Dimetilarginina Simétrica), um marcador muito mais sensível e que pode indicar a doença renal quando há apenas 25% a 40% de perda de função renal. O SDMA permite que o veterinário detecte a doença anos antes. Se o seu cão tem mais de sete anos, ou se pertence a uma raça de risco, peça ao seu veterinário para incluir o SDMA no painel de exames de rotina. Detectar a doença no estágio IRIS 1 ou 2, antes da azotemia, é a diferença entre anos de boa qualidade de vida e um prognóstico reservado em poucos meses.
III. Pilares da Prevenção Ativa: Combatendo os Fatores de Risco
A prevenção não é mágica; é a gestão inteligente dos riscos que causam lesão aos néfrons. Seu papel como tutor é ser o guardião ativo da saúde renal.
A Hidratação é Vida: Como estimular a ingestão de água e o papel dos alimentos úmidos.
A desidratação, mesmo leve, é um fator de estresse imenso para o rim. A fluidoterapia é o tratamento básico para quase todos os casos de insuficiência renal. A prevenção passa por garantir que seu cão esteja sempre bem hidratado.
Mantenha a água sempre fresca, limpa e disponível em múltiplos pontos da casa. Se seu cão é seletivo ou preguiçoso para beber, invista em fontes de água (que alguns cães adoram a água corrente) ou, o mais importante, inclua alimentos úmidos (sachês ou latinhas) na dieta diária. Os alimentos úmidos têm um teor de umidade de $70\%$ a $80\%$, contra os $8\%$ a $10\%$ da ração seca. Isso aumenta significativamente a ingestão hídrica e ajuda o rim a trabalhar com menos esforço.
A Vigilância Antitóxica: Riscos da automedicação (AINEs) e controle de acesso a venenos e plantas.
O rim é o principal alvo de muitas toxinas, e o principal risco que eu vejo na clínica é a automedicação. Muitos Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs) humanos (como o Ibuprofeno ou Diclofenaco) são nefrotóxicos em cães. Eles diminuem o fluxo sanguíneo renal, causando isquemia e lesão celular. Dar um AINE “porque ele está mancando” pode custar a vida do seu cão.
Além dos remédios, mantenha produtos de limpeza, pesticidas, etilenoglicol (presente em anticongelantes de carro, que é doce e atrativo) e certas plantas tóxicas (como o Lírio, altamente tóxico para gatos, mas também perigoso para cães) trancados. A vigilância contra toxinas é uma forma direta e imediata de proteger a função renal do seu paciente.
O Controle da Pressão Arterial: Hipertensão como causa e consequência da lesão renal.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), ou pressão alta, é uma doença que caminha de mãos dadas com a DRC. A pressão alta danifica os vasos sanguíneos do corpo, incluindo os glomérulos renais, acelerando a perda de néfrons. Por outro lado, o rim doente perde a capacidade de regular a pressão, o que agrava a hipertensão. É um ciclo vicioso.
Por isso, em cães idosos, a medição da pressão arterial deve fazer parte do exame físico de rotina. Se a pressão estiver persistentemente elevada, o veterinário irá prescrever um anti-hipertensivo (como um inibidor da ECA, ex: Enalapril). Controlar a pressão não só protege o rim de mais danos, como também protege outros órgãos-alvo, como os olhos e o coração.
IV. O Tratamento Nutricional: Dieta Como Remédio
Quando o diagnóstico de DRC é confirmado, a dieta deixa de ser apenas nutrição e se torna um medicamento essencial. A intervenção nutricional é o pilar mais importante do tratamento coadjuvante.
A Restrição Inteligente de Fósforo: Por que esse mineral é o grande vilão na progressão da DRC.
O rim doente perde a capacidade de excretar o fósforo do sangue. O acúmulo de fósforo (hiperfosfatemia) é um dos principais fatores que acelera a progressão da DRC. O fósforo elevado leva a um desequilíbrio mineral que causa o hiperparatireoidismo renal secundário, que, por sua vez, retira cálcio dos ossos e contribui para a calcificação de tecidos moles (vasos sanguíneos, rins).
Por isso, a primeira e mais importante característica de uma dieta renal é a restrição de fósforo. A dieta especializada tem níveis controlados de fósforo para manter os níveis séricos do mineral dentro da normalidade. Muitas vezes, essa restrição é tão importante que, nos estágios mais avançados, precisamos complementar a dieta com quelantes de fósforo (como o hidróxido de alumínio) para “sequestrar” o mineral no trato gastrointestinal antes que ele seja absorvido.
Proteínas de Alto Valor Biológico: A importância de reduzir a quantidade, mas manter a qualidade.
Historicamente, as dietas renais eram simplesmente “pobres em proteínas”. A ideia é que a quebra das proteínas gera ureia e outros resíduos nitrogenados (toxinas urêmicas) que o rim tem dificuldade em eliminar. Reduzindo a proteína, reduzimos a formação dessas toxinas.
No entanto, hoje sabemos que a restrição não pode ser exagerada, pois o cão precisa de proteína para manter a massa muscular e evitar a desnutrição calórico-proteica. O foco mudou para proteínas de alto valor biológico, ou seja, proteínas que são facilmente utilizadas pelo organismo e que geram o mínimo de resíduos. A dieta renal moderna é, portanto, formulada para ter proteína na quantidade certa (reduzida, mas não insuficiente) e na qualidade máxima, preservando a saúde do seu cão sem sobrecarregar o rim.
A Magia do Ômega-3 e Antioxidantes: O suporte anti-inflamatório na proteção dos néfrons remanescentes.
As células remanescentes do rim estão constantemente sob estresse oxidativo e inflamatório, que é o que leva à fibrose renal e à progressão da doença. A dieta renal atua aqui como um agente de proteção.
O Ômega-3 (especificamente os ácidos graxos eicosapentaenoico – EPA – e docosahexaenoico – DHA) possui um potente efeito anti-inflamatório e antiproteinúrico. Ele ajuda a reduzir a inflamação e a proteger os glomérulos renais. Da mesma forma, os antioxidantes (como as vitaminas C e E) neutralizam os radicais livres. A incorporação desses suplementos na dieta coadjuvante ajuda a desacelerar a taxa de deterioração dos néfrons que ainda estão funcionando, comprando mais tempo de vida para o seu cão.
V. O Protocolo de Rastreio em Cães Geriátricos e Predispostos
A prevenção ativa exige que você e seu veterinário sejam proativos. O check-up anual pode não ser suficiente para cães de alto risco.
O Exame de Urina Completo: A relação Proteína/Creatinina Urinária (RPC) como indicador de proteinúria.
O exame de urina, a simples urinálise, é tão ou mais importante que o exame de sangue. Ele nos diz muito sobre o que o rim está deixando passar. A presença de proteinúria (proteína na urina) é um sinal precoce de que há um dano na barreira de filtração glomerular.
Para quantificar isso, usamos a Relação Proteína/Creatinina Urinária (RPC). Um RPC elevado é um sinal de alerta de que o rim está “vazando” proteínas e que há inflamação ou lesão. Se encontrarmos proteinúria, podemos intervir imediatamente com medicamentos (como inibidores da ECA ou bloqueadores de receptor de angiotensina) para diminuir a pressão dentro dos glomérulos e reduzir essa perda, protegendo o rim antes mesmo que a ureia e a creatinina aumentem no sangue.
Raças Sentinelas: Predisposição genética e a necessidade de check-up semestral em raças de risco.
O fator genético é indiscutível na DRC. Algumas raças carregam predisposições a nefropatias hereditárias que se manifestam cedo. Eu considero essas raças as nossas “sentinelas renais”.
Raças como Bull Terriers, Cocker Spaniels, Shih-Tzus, Lhasa Apsos, Schnauzers Miniatura e Rottweilers estão listadas entre aquelas com maior propensão. Se você tem um cão dessas raças, a prevenção deve começar mais cedo (por volta dos 5-6 anos) e ser mais frequente. O check-up semestral, incluindo hemograma, SDMA, creatinina e urinálise, não é um luxo; é uma necessidade para interceptar a doença no seu estágio inicial.
A Avaliação Endócrina e Cardíaca: Doenças concomitantes que aceleram o dano renal (Diabetes, Hipertireoidismo, Cardiopatia).
O rim não é uma ilha. Ele se relaciona intimamente com o sistema endócrino e cardiovascular. Doenças metabólicas como o Diabetes Mellitus (que danifica os pequenos vasos renais) e o Hipertireoidismo (comum em gatos, mas que também afeta cães, acelerando o metabolismo e a filtração) podem ser as causas primárias do dano renal.
Da mesma forma, a Cardiopatia (doença cardíaca) leva a uma irrigação renal deficiente (hipoperfusão). Por isso, se seu cão tem um sopro, diabetes ou qualquer doença endócrina, o monitoramento renal é obrigatório. Tratar o coração e as glândulas é tratar o rim, pois você está aliviando o estresse sistêmico sobre os néfrons. Uma abordagem holística é a chave para a prevenção.
VI. O Manejo de Crises e a Manutenção da Qualidade de Vida
Mesmo com toda a prevenção, se a DRC for diagnosticada, nosso foco muda para o manejo, e você, tutor, continua sendo peça-chave no dia a dia do seu cão.
Fluidoterapia Subcutânea: Você, em casa, como agente de suporte hídrico paliativo.
Em estágios avançados da DRC (IRIS 3 e 4), o rim perde completamente a capacidade de compensação e o cão fica cronicamente desidratado e urêmico. A fluidoterapia subcutânea (a aplicação de soro sob a pele) torna-se uma rotina de vida.
Muitos tutores aprendem a realizar essa aplicação em casa. É uma forma de fornecer o suporte hídrico que o rim não consegue mais manter, ajudando a diluir as toxinas urêmicas no sangue e a melhorar o bem-estar do cão. Essa técnica, ensinada e monitorada pelo veterinário, transforma o tutor em um agente paliativo ativo, mantendo o cão confortável e fora da clínica por mais tempo, garantindo uma excelente qualidade de vida domiciliar.
Quelantes de Fósforo e Suplementação: O uso de fármacos para controlar o balanço mineral.
Como já discutimos, o fósforo é um veneno lento. Quando a dieta renal por si só não é suficiente para controlar a hiperfosfatemia, entramos com os quelantes de fósforo. Estes são pós ou líquidos que você mistura na comida do cão.
Eles agem se ligando ao fósforo no intestino, impedindo sua absorção e fazendo com que ele seja eliminado nas fezes. Além disso, controlamos outros distúrbios, como a anemia (com eritropoetina) ou a acidose metabólica (com bicarbonato). Essa gestão farmacológica fina é o que garante que o equilíbrio químico do corpo do seu cão se mantenha o mais próximo possível da normalidade, reduzindo os sintomas de uremia.
O Estadiamento IRIS: Compreendendo os quatro estágios da doença e o plano de ação para cada um.
Para que a comunicação entre você e o veterinário seja clara, utilizamos o sistema de Estadiamento IRIS (International Renal Interest Society). Esse sistema divide a DRC em quatro estágios, com base nos níveis de creatinina, proteinúria e pressão arterial.
- Estágio 1 (Assintomático): Perda de função renal, detectável apenas por SDMA e/ou proteinúria. Plano de Ação: Prevenção ativa e controle da proteinúria.
- Estágio 2 (Mínimo): Creatinina ainda baixa, mas com riscos. Plano de Ação: Dieta renal e controle de pressão.
- Estágio 3 (Moderado): Sintomas de uremia podem começar a aparecer. Plano de Ação: Fluidoterapia, quelantes de fósforo e tratamento de náuseas.
- Estágio 4 (Avançado): Uremia grave e crises renais. Plano de Ação: Suporte intensivo, diálise (se disponível) e foco total no conforto.
Compreender o estágio IRIS do seu cão permite que você se prepare para o futuro e saiba exatamente o que esperar e o que fazer em cada momento, mantendo o controle sobre a situação.
VII. Conclusão: Compromisso Contínuo com o Bem-Estar Renal
O diagnóstico de Doença Renal Crônica é sempre um momento difícil, mas ele está longe de ser uma sentença de morte imediata. A nefrologia veterinária avançou imensamente.
O Foco na Longevidade de Qualidade.
Nosso compromisso é com a longevidade de qualidade. Com o diagnóstico precoce (graças ao SDMA e à urinálise), a dieta renal especializada e o manejo cuidadoso de suporte (hidratação, controle de fósforo e pressão), muitos cães vivem por anos após o diagnóstico da DRC, mantendo uma vida feliz e ativa. Sua dedicação em seguir a dieta e as terapias de suporte é, sem dúvida, o fator de maior peso no sucesso desse tratamento.
Mensagem final: Não espere pelos sinais, antecipe-se a eles.
Seu maior poder é a antecipação. Não espere que seu cão comece a beber água em excesso ou a vomitar para levá-lo ao veterinário. Se ele tem mais de sete anos, ou se pertence a uma raça de risco, marque seu check-up semestral. Inclua a urinálise e o SDMA. Não há prevenção mais eficaz do que o diagnóstico no estágio assintomático. Cuide dos rins do seu amigo hoje, e eles cuidarão dele por muitos anos.
Quadro Comparativo: Pilares da Intervenção Renal
Para resumir as principais ferramentas que usamos no combate à DRC, aqui está um quadro comparando as três intervenções essenciais (Dieta, Hidratação e Controle de Toxinas) e seus objetivos específicos.
| Intervenção | Tipo de Tratamento | Objetivo Primário | Produto Similar/Alternativa |
| Dieta Renal Especializada | Nutricional Coadjuvante | Restrição de Fósforo e Proteínas de Alto Valor Biológico. Redução de toxinas urêmicas. | Dieta Caseira Prescrita por Nutrólogo Veterinário (com suplementação controlada de fósforo). |
| Fluidoterapia Subcutânea | Suporte/Paliativo | Correção da Desidratação e Diluição das Toxinas Urêmicas no Sangue. | Ingestão de Água Aumentada (com o uso de fontes e alimentos úmidos). |
| Quelantes de Fósforo | Farmacológico | Redução da absorção de Fósforo na Dieta (Controle da Hiperfosfatemia). | Uso de Bicarbonato de Sódio (para Acidose Metabólica) ou Anti-Hipertensivos (para Hipertensão). |
O vídeo 6 dicas de prevenção de doença renal em cães oferece um resumo prático das medidas que você pode tomar em casa para proteger a saúde renal do seu cão.




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