Desenvolvimento de Protocolos para Integração de Animais de Estimação em Terapias de Reabilitação Humana
Desenvolvimento de Protocolos para Integração de Animais de Estimação em Terapias de Reabilitação Humana
A história das Terapias Assistidas por Animais (TAA) remonta ao século IX, quando há registros da utilização de animais para auxiliar pessoas com alguma incapacidade, mas foi apenas na década de 60 que a TAA se difundiu mundialmente.
A definição de TAA consiste na utilização de animais com a finalidade terapêutica para pacientes com doenças emocionais, físicas e mentais.
Os benefícios da TAA são inúmeros, como a criação de um ambiente mais humanizado, o estímulo às relações interpessoais, a estimulação da memória e habilidade motora por meio de atividades recreativas junto aos animais, além do desenvolvimento de canais de percepção que tornam o paciente mais receptivo ao tratamento, motivando-o a participar da sua recuperação.
A TAA representa uma expansão das possibilidades terapêuticas que promovem bem-estar e saúde de forma eficaz e com resultados promissores.
Desenvolvimento de Protocolo
Objetivos específicos
A Terapia Auxiliada por Animais (TAA) tem como objetivo proporcionar um tratamento terapêutico para pacientes com doenças emocionais, físicas e mentais. O programa de Assistência Assistida por Animais (AAA) no Hospital Universitário (HU-USP) busca, além disso, quebrar a rotina hospitalar e criar um ambiente mais humanizado.
Os objetivos específicos visam encorajar as relações interpessoais entre pacientes, acompanhantes e equipe técnica, estimular a memória e habilidades motoras por meio de atividades recreativas junto aos animais, e desenvolver canais de percepção que tornem o paciente mais receptivo ao tratamento, motivando-o a participar da sua recuperação.
Ambiente humanizado
O ambiente hospitalar pode ser um lugar desconfortável e estressante para pacientes e acompanhantes. Com a presença de animais, é possível criar uma atmosfera mais descontraída e acolhedora, tornando o lugar mais humanizado.
Estímulo às relações interpessoais
A presença de animais pode ajudar a incentivar a interação entre pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde, criando um ambiente mais acolhedor e estimulando a socialização.
Estimulação da memória e habilidade motora
As atividades recreativas com os animais podem ajudar a estimular a memória e as habilidades motoras dos pacientes, incentivando-os a se movimentar e a se engajar em atividades lúdicas.
Desenvolvimento de canais de percepção
A presença de animais pode ajudar a desenvolver canais de percepção que tornem o paciente mais receptivo ao tratamento, motivando-o a participar da sua recuperação e estabelecendo laços positivos entre o paciente e os profissionais de saúde.
Atividades do coordenador do programa
O coordenador do programa deve estabelecer as atividades a serem realizadas e garantir que os objetivos propostos sejam alcançados. Essas atividades incluem a seleção dos animais que participarão do programa, treinamentos para a equipe e voluntários, definição das áreas onde as atividades serão realizadas, e monitoramento das atividades realizadas.
Funções do coordenador
O papel do coordenador é fundamental para o sucesso do programa de TAA. Entre as funções do coordenador estão a coordenação geral do programa, a seleção dos animais e seus tutores, a organização da logística das visitas, a identificação dos pacientes e das áreas onde as atividades serão realizadas, o treinamento de voluntários e colaboradores, e a monitoração das atividades para avaliar o impacto do programa.
O programa de Assistência Assistida por Animais no Hospital Universitário (HU-USP) busca promover a humanização do ambiente hospitalar, incentivar a socialização entre pacientes e profissionais, estimular a memória e as habilidades motoras e desenvolver canais de percepção através de atividades recreativas com animais. O coordenador do programa desempenha um papel essencial para garantir o sucesso do programa, coordenando as atividades e garantindo que os objetivos propostos sejam alcançados.
Minimização de riscos
Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs) são responsáveis por estabelecer protocolos de prevenção e controle de infecções, incluindo orientações para minimizar exposições desnecessárias a riscos biológicos, químicos e físicos.
A presença de animais em um ambiente hospitalar pode trazer benefícios terapêuticos para pacientes, mas é importante lembrar que esses animais trazem consigo riscos biológicos. Portanto, é necessário adotar medidas de segurança adequadas para minimizar esses riscos.
A adoção de protocolos para a integração de animais em terapias de reabilitação humana é fundamental para garantir a segurança dos pacientes, profissionais e animais. As medidas de segurança incluem a garantia de que os animais estejam vacinados e livres de parasitas, e que sejam monitorados para detectar possíveis sinais de doenças infecciosas. A higiene pessoal e dos ambientes em que os animais serão utilizados também é fundamental para prevenir a transmissão de doenças.
Os riscos clínicos também podem ser minimizados com a adoção de protocolos claros e realizáveis. O objetivo é prevenir o controle de infecções e reduzir potencialmente os acidentes. Além disso, a utilização de protocolos pode proporcionar maior segurança e qualidade diferenciada no serviço, incluindo a inclusão criativa de animais terapêuticos ou assistenciais no cotidiano do paciente, promovendo o bem-estar.
A inclusão de novos conceitos na assistência aos pacientes é um desafio para as CCIHs, profissionais e administradores. No entanto, é preciso aderir às práticas como a terapia assistida por animais, que promovem a melhoria assistencial aos pacientes e acompanhantes. O grupo de atuação na terapia assistida por animais deve ser composto por profissionais multiplicadores da técnica em um trabalho multiprofissional.
Em conclusão, a implementação de protocolos para a integração de animais em terapias de reabilitação humana é crucial para garantir a segurança dos pacientes, profissionais e animais envolvidos. Com a adoção de medidas de segurança adequadas e a inclusão de profissionais multiplicadores da técnica, os pacientes podem desfrutar dos benefícios terapêuticos da terapia assistida por animais.
Inclusão criativa do animal
Enquanto as Terapias Auxiliadas por Animais (TAA) se tornam cada vez mais comuns em hospitais e instalações médicas, há muitos desafios que precisam ser superados para que os benefícios dessas terapias possam ser desfrutados por pacientes e equipes.
O principal desafio é transpor as barreiras iniciais e aderir às práticas da TAA, oferecendo assim uma ampliação de conhecimentos para alunos e profissionais, além de promover uma melhoria assistencial aos pacientes. Integrar animais de estimação em terapias de reabilitação humana é um desafio, mas seus benefícios salientes tornam essa iniciativa tão importante.
Uma das barreiras mais difíceis de superar é a crença de que os animais pertencem a casa e não nos hospitais. No entanto, pesquisas têm demonstrado que a presença de animais em hospitais pode oferecer um ambiente mais descontraído e ajudar os pacientes a lidar melhor com seu tratamento médico.
Alguns desafios em torno da inclusão criativa de animais de estimação em terapias de reabilitação humana incluem regulamentações locais e nacionais que precisam ser atendidas, garantindo a segurança dos pacientes e animais, além da higiene do hospital. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) implementa e monitora estratégias que minimizam essas exposições, definindo medidas e critérios claros que todos podem seguir.
Pesquisadores descobriram que as TAA têm uma gama de benefícios para a saúde física e mental dos pacientes. Esses benefícios incluem a redução do estresse, a melhora das habilidades de fala e comunicação e a estimulação da memória. Além disso, a interação com os animais de estimação pode fornecer um senso de propósito e ser uma fonte de conforto para os pacientes.
É essencial que profissionais e equipes de saúde realizem terapias assistidas por animais conscientemente, seguindo as melhores práticas e garantindo que os pacientes recebam os benefícios sem expô-los a nenhum risco. A inclusão criativa de animais de estimação em terapias de reabilitação pode parecer um desafio, mas é uma iniciativa que deve ser adotada para garantir uma alta qualidade de assistência e aumentar o bem-estar dos pacientes.
A adesão a essas práticas não só garante um atendimento diferenciado aos pacientes, mas também amplia conhecimentos para os alunos e profissionais, promovendo a melhoria assistencial aos pacientes e seus familiares. O maior desafio é adotar práticas inovadoras, superar barreiras regulamentárias e oferecer uma experiência de terapia auxiliada por animais segura e agradável para todos os envolvidos.
Referências
O uso terapêutico de animais tem uma longa história e está documentado desde o século IX.
A Terapia Assistida por Animais (TAA) é uma prática que utiliza animais para fins terapêuticos.
Diversos estudos foram realizados para avaliar os benefícios da TAA e a maioria dos resultados mostra que essa terapia é benéfica para pacientes com doenças emocionais, físicas e mentais.
Contudo, é importante ressaltar a importância da adoção de medidas de segurança pelos hospitais, a fim de minimizar os riscos envolvidos na prática da TAA.
Conclusão
A utilização de animais em terapias assistidas tem se mostrado eficaz em proporcionar bem-estar e conforto aos pacientes.
O protocolo para integração de animais de estimação em terapias de reabilitação humana visa criar um ambiente humanizado e estimular as relações interpessoais nos hospitais.
A equipe responsável pelo programa deve desempenhar funções específicas e estabelecer critérios claros e realizáveis para minimizar os riscos.
A inclusão de novas práticas, como a terapia auxiliada por animais, é um desafio para profissionais e administração, mas fornece a ampliação de conhecimentos e melhoria no atendimento aos pacientes e familiares.
A TAA é vista como um recurso importante para a assistência aos pacientes, contribuindo para a sua recuperação de forma diferenciada.
O grupo de atuação na AAA deve ser multiprofissional e contar com profissionais voluntários.
A inclusão do animal deve ser feita de forma responsável e planejada, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
É importante ressaltar que a adoção desse tipo de terapia ainda é pouco difundida em instituições de saúde e há a necessidade de estudos mais aprofundados para sua legitimação.
No entanto, os resultados obtidos até o momento mostram-se promissores e incentivam a continuação dos projetos, a fim de proporcionar um ambiente mais humanizado e acolhedor nos hospitais.
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